Transporte de material biológico: confira regras e cuidados necessários
A demanda por transporte de material biológico já é uma demanda recorrente para transportadoras e empresas que terceirizam essa logística. No entanto, antes de escolher quem contratar, é importante averiguar se a empresa preenche os requisitos para esse tipo de transporte.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável por determinar as regras do transporte biológico, além dos pontos de alerta que devem ser observados pelos prestadores de serviço.
Esse conjunto de boas práticas foi elaborado com o objetivo de garantir a segurança dos colaboradores envolvidos, além de preservar a integridade do material.
Afinal, caso seja mal realizado, o transporte pode adulterar as condições do material biológico, impossibilitando análise ou resultando em sua perda.
Quer saber mais sobre o deslocamento de material biológico? Continue a leitura e confira:
- O que é o transporte de material biológico?
- Como são classificados os materiais biológicos?
- Quais são os documentos necessários para o transporte
- Caixas indicadas para o transporte de material biológico
- 3 boas práticas no transporte de material biológico
- Como a Danlex pode ajudar no transporte terrestre de materiais biológicos?
O que é o transporte de material biológico?
O transporte de materiais biológicos constitui uma parte essencial na etapa logística pré-analítica de materiais biológicos e sensíveis. Ele envolve todo o processo e percurso realizado para deslocar uma material de uma ponta à outra, garantindo que ele chegue estável a seu destino.
Atualmente, esse tipo de transporte é regulamentado pela Resolução de Diretoria Colegiada 20 (RDC 20) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com publicação e entrada em vigor em 10 de abril de 2014.
– Leia também: Logística reversa: o que é e como aplicar no seu negócio
RDC 20 e o transporte de material biológico
De acordo com o RDC 20 o transporte de material biológico deve ser feito por meio de embalagens adequadas, atender às exigências burocráticas em relação à documentação e atender às necessidades da carga transportada.
No próximo tópico você pode conferir algumas das exigências estipuladas para o transporte terrestre, aéreo e aquaviário de material biológico.
1. Transporte terrestre
Esse talvez seja o modo de transporte mais utilizado no deslocamento do material biológico. Nesses casos, além de atender às normas da Anvisa, as empresas envolvidas no transporte também devem acatar às exigências da Agência Nacional de Transportes.
Ou seja, deve-se atentar a:
- Resolução 420 de 2004, da ANTT;
- Resolução 3.655 de 2011, da ANTT;
- Resolução 3.762 de 2012, da ANTT;
- Exigências e regulamentações cadastrais da Anvisa
Além disso, também é importante observar as condições de armazenamento – que devem ser feitas com embalagens rígidas e o condicionamento climático adequado.
2. Transporte aéreo
O transporte aéreo acaba sendo a opção usada nos casos em que as análises precisam de mais rapidez. Uma vez que o meio de transporte aéreo favorece o envio ágil tanto em território nacional quanto internacional.
E, por mais que esse tipo de transporte seja o que envolve mais custos, também é o que garante melhor conservação do material biológico.
Para realizar o transporte de materiais biológicos através do transporte aéreo deve-se respeitar as determinações da Anvisa e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Os parâmetros são definidos através dos seguintes documentos:
- RBAC 175 da Anac;
- IS 175-00A de 2004 da Anac;
- Regulamentos de embalagem e transportes da ONU;
- Regulamentos de transporte e embalagem da World Customs Organization;
- Manual IATA Dangerous Good Regulations da Associação Internacional de Transportes
Aéreos (IATA).
3. Transporte aquaviário
O transporte aquaviário vem ganhando cada vez mais destaque, no entanto, esse tipo de deslocamento é recomendado apenas para destinos internos, uma vez que o transporte aquaviário é o menos ágil.
Portanto, ainda que o transporte aquaviário de material biológico seja possível, o tempo em curso exige mais investimentos para garantir a conservação dos itens.
Já em relação à documentação, esse tipo de transporte deve atender às normas da Anvisa e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Dentre as principais resoluções relacionadas ao tema é importante destacar:
- Resolução 2.239 de 2011 da Anta;
- Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas (IMDG);
- Classificação e rotulagem com base nos parâmetros da Organização Mundial da Saúde
(OMS).
Como são classificados os materiais biológicos?
Na logística, os materiais biológicos são divididos em quatro categorias. Através delas é possível identificar o tipo de material que está sendo transportado, garantindo o uso de embalagens mais adequadas. Saiba mais sobre essa classificação:
- Categoria A: são os materiais biológicos de caráter infeccioso, sinalizado como UN 2814 ou UN 2900. A exposição a esse tipo de material pode causar incapacidade permanente ou enfermidade mortal, pondo em risco a vida humana ou de outros animais.
- Categoria B: são os materiais biológicos infecciosos UN3373. Esses materiais englobam amostras de pacientes suspeitos ou que haja confirmação da presença de agentes infecciosos causadores de doenças em humanos.
- Risco Mínimo: são os materiais biológicos provenientes de indivíduos saudáveis submetidos a análise, mas que possuem a probabilidade mínima do material biológico conter microrganismos patogênicos. Como, por exemplo, no caso de transporte de material biológico em laboratório de análises clínicas.
- Isentos: por último, esses são os materiais biológicos que não oferecem qualquer risco à vida humana.
Quais são os documentos necessários para o transporte
É importante ter em mente que o tipo de material biológico, bem como o meio de transporte escolhido interferem diretamente nos documentos necessários.
No entanto, podemos dizer que os principais são:
- Alvará de Localização;
- Alvará Sanitário;
- AVCB;
- Certidão de regularidade do Responsável Técnico junto ao conselho de classe;
- Certificado de Regularidade junto ao Ministério do Meio Ambiente;
- PPRA;
- PCMSO.
Além disso, também devem ser apresentados o Contrato Social, CNPJ, inscrições estaduais e municipais.
Caixas indicadas para o transporte de material biológico
De acordo com a resolução formulada pela Anvisa, o transporte com segurança do material biológico deve conter as seguintes embalagens:
- Embalagem primária: é o recipiente que entra em contato direto com o material biológico como, por exemplo, tubos de coleta. Esse material é disponibilizado pelo cliente;
- Embalagem secundária: esta embalagem é usada para envolver e conter a embalagem primária. As mais comuns são plástico bolha, saco plástico, material absorvente e lacre;
- Embalagem terciária (ou externa): essa embalagem deve possuir a rigidez adequada para abrigar e proteger o material biológico. Como, por exemplo, caixas de isopor e papelão.
À primeira vista parece muito, né? Mas essas embalagens garantem a segurança do material biológico ao longo de todo o trajeto.
3 boas práticas no transporte de material biológico
Além de atender às normas e usar as embalagens adequadas, adotar boas práticas é fundamental para garantir o transporte seguro de materiais biológicos.
Confira agora as 3 principais e passe a adotá-las.
1. Identificação adequada da carga
A identificação adequada dos materiais biológicos sendo transportados deve especificar o conteúdo e a qual categoria ele pertence.
Essa é a primeira garantia de que a transportadora e os colaboradores terão as informações necessárias para realizar o transporte em segurança. Além disso, a identificação também ajuda a evitar erros nas análises laboratoriais.
Portanto, é recomendado que um profissional do laboratório supervisione ou preencha as etiquetas de identificação.
2. Uso de materiais apropriados
Como você viu no tópico anterior, os cuidados com a embalagem são importantes para garantir a integridade do material biológico e a segurança de seu manuseio.
Além disso, também é importante prestar atenção na higienização e conservação dos compartimentos. Uma vez que, uma contaminação pode alterar as condições da amostra.
Os instrumentos de manuseio também precisam passar por uma inspeção prévia, que deve passar pela devida esterilização.
– Leia também: Limpeza técnica: entenda o que é, como funciona e quais seus diferenciais
3. Relato adequado da variação cronobiológica
Toda amostra biológica possui um prazo de validade. Ou seja, depois de determinado período ela perde as suas propriedades, compostos e princípios ativos.
Por isso é muito importante determinar a dinâmica no transporte, a fim de que o material chegue a tempo no laboratório de destino. E, dependendo da distância, é importante adequar-se às necessidades de conservação mais rigorosas.
– Leia também: Custos logísticos: o que são e como diminuí-los com profissionais
Como a Danlex pode ajudar no transporte terrestre de materiais biológicos?
A Danlex é uma empresa de terceirização de serviços que oferece a segurança e experiência de quem tem mais de 17 anos no mercado.
Contamos com profissionais capacitados na terceirização de logística, prontos para atuar em todos os processos logísticos do transporte terrestre de materiais biológicos.
Além disso, contamos com uma ampla estratégia de distribuição para acessar as regiões do Brasil em tempo hábil para atender as especificidades do seu projeto.
Possuímos as certificações ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001 e contamos com escritórios regionais e tecnologia avançada para acompanhar cada projeto, mantendo um relacionamento próximo e transparente com os nossos clientes, parceiros, fornecedores e colaboradores.
– Leia também: Terceirização de Serviços: tudo o que você precisa saber sobre o assunto